Programação

Serviços ecossistêmicos e ameaças à geodiversidade: uma visão no litoral norte paulista

Para participar das excursões é preciso estar inscrito no simpósio.
A efetivação da inscrição é feita mediante o pagamento e envio do comprovante para: visbpgfinanceiro@gmail.com.
Após atingir o número máximo de participantes as inscrições na excursão serão encerradas.

Vagas abertas!

Data: 26 e 27/08/2022

Participantes: 20 (mínimo) - 40 (máximo)

Partida: 7h00 - Chegada: 20h00

Responsáveis: Maria da Glória Garcia, Lígia Ribeiro, Laura Balaguer e Eliana Mazzucato

Nesta excursão, vamos visitar locais de interesse geológico inseridos no inventário do patrimônio geológico do estado de São Paulo e no mapa geoturístico do litoral norte paulista. Estes locais estão em diferentes contextos e será possível fazer uma discussão sobre os serviços ecossistêmicos providos pela geodiversidade associados a eles, as ameaças e os potenciais usos.

Dia 1

Programação

Ponto 1 – arque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Caraguatatuba

Nesta parada veremos dois pontos. O primeiro é um depósito de detritos que registram os movimentos de massa ocorridos durante a chamada “catástrofe de 1967”, um evento intenso de escorregamento que praticamente destruiu a cidade. O segundo atrativo é a Trilha Acessível, que tem no final o painel interpretativo do parque.A trilha do Jequitibá está inserida no núcleo Caraguatatuba do Parque Estadual da Serra do Mar. O percurso, com cerca de 1km de extensão, permite observar a Floresta Ombrófila Densa e as marcas da “catástrofe de 1967”, um evento intenso de escorregamento de massa que praticamente destruiu a cidade.  No local também observa-se gnaisses e veios de quartzo sobre o lajedo do Rio São Francisco. 

Ponto 2 – Praia da Mococa (Caraguatatuba)

Praia com processos erosivos intensificados em sua porção leste, com redução da faixa de areia, exposição de troncos e raízes, perda de quiosques e presença de minerais pesados. É possível observar a dinâmica de rotação praial, uso e ocupação do solo e o conjunto de ilhas, promontórios e escarpas da Serra do Mar.

Ponto 3 – Mirante do Camaroeiro – Caraguatatuba

É um conjunto de três mirantes: Mirante do Mangue, Mirante do Costão e Mirante Por do Sol. Todos têm vista para a Baía e para a Planície de Caraguatatuba, até São Sebastião, além da Serra do Mar e Ilhabela. Neste ponto é possível observar aspectos da ocupação da região e tecer referências sobre a modificação na paisagem e seus impactos sobre a geodiversidade.

Dia 2

Ponto 4 – Geossítio “Boudins do Ilhote de Camburizinho” – São Sebastião

Ilhote orientado na direção NE-SW que apresenta diversas feições representativas de eventos tectono-metamórficos associados à história geológica da região. A rocha predominante é um gnaisse granítico que mostra graus distintos de deformação. Como característica marcante está a alta concentração de boudins máficos de dimensões métricas, compostos majoritariamente por anfibolito e datados em 580 Ma. Um dique de basalto de aproximadamente 100 metros de comprimento e 4 metros de espessura corta todo o conjunto. O tômbolo liga o ilhote à planície do Rio Camburi, no continente.

Próximo à entrada foi instalado um painel interpretativo com informações sobre a formação do ilhote.

Ponto 5 – Geossítio “Diques da Ponta do Araçá” – São Sebastião

Nesta exposição de cerca de 200 metros na Baía do Araçá afloram aproximadamente vinte diques de diferentes composições, que mostram relações de contato distintas e apresentam enclaves, além de indicadores de fluxo magmático. O local abrange um dos últimos remanescentes de manguezal do município, o Manguezal do Araçá, onde vivem comunidades caiçaras que tiram seu sustento. Um plano de ampliação do Porto de São Sebastião prevê a construção de uma plataforma cobrindo quase toda a baía e tem sido contestada por pesquisadores e membros da comunidade.

Ponto 6 – Geossítio “Falésias em terraços marinhos de Itaguaré” – Bertioga

Terraços formados por areias finas moderadamente a bem selecionadas, com estratificação plano-paralela. Na porção inferior ocorrem concentrações de icnofósseis de Ophioforma nodosa, que são galerias de Callichirus sp, um animal popularmente conhecido como corrupto. Os depósitos foram datados por luminescência oticamente estimulada, dando idades de 4.400 anos AP (base) e 3.600 anos AP (topo), correlacionáveis à geração de cordões litorâneos no Holoceno e denominados Formação Ilha Comprida.

O geossítio traz registros importantes das variações do nível do mar e dos processos dinâmicos costeiros na fronteira oriental do Brasil. Além disso, tem elementos  da geodiversidade importantes que servem como área de estudos para muitas disciplinas e estudantes de geociências.

Valor: R$ 220,00 (alimentação e hospedagem à parte)

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